O palhaço é um ser sociável. Como a criança que compartilha o que faz olhando para os pais, o palhaço precisa tomar o público por cúmplice. Ele não está diante do público, ele está jogando com o público, e, por isso, seu jogo é influenciado diretamente pelas reações de quem o assiste. Isso já acontecia no circo, onde o palhaço está no picadeiro e o público nas arquibancadas. Imaginem o que acontece no hospital onde, ao entrar no quarto, a dupla de doutores palhaços se coloca a serviço da criança e está a 80 centímetros de distância do seu olhar. Essa relação tão próxima e direta torna a criança co-autora do jogo. Estamos juntos na cena, e, nesse caso, tudo é possível! Só para vocês terem uma ideia, neste ano Dr. Alfinete e eu, Dra. Suzette, já fomos para a Bahia, para a Disney, para o Japão, para a Argentina e para o Parque Municipal. Já fomos atacados por cães de guarda, galinhas d’angola e onças pintadas do Pantanal. Já me casei com um urso de pelúcia. Já criamos um circo de pulgas, escrevemos três funks e implantamos uma buzina no coração de uma adolescente. Veremos até onde chegaremos até dezembro.n
#PraTodosVerem: Dra. Suzette e Dr. Alfinete em um momento de descontração com as enfermeiras do Hospital das Clínicas/UFMG. Fim da descrição.n
Foto: Fabiano LananTexto: Daniela Perucci, Dra. Suzette Marie.