Já estávamos há dias trabalhando no hospital.Algumas pessoas esperavam, outras se acostumaram com nossas cheganças. Uns pediam músicas, outras dançavam. Dr. Risoto arrumou encontros e passeios e teve até paciente virando parentes da Dr. Luba. A única coisa que não aconteceu, foi a tal da porta abrir. Desde o primeiro dia de Paulo de Tarso, os doutores tentavam atender a paciente, mas, sempre davam com o nariz na porta. Eles, bons especialistas que são, mal dormiam estudando o caso, pensando em formas mirabolantes para adentrar ao recinto. Até que entrou a primavera, e tudo começou a querer florir, mesmo sem chuva. A porta se abriu, e, numa dança linda e despretensiosa, sorrisos e olhares se encontraram pela primeira vez. Os “zói” do Dr. Risoto marejaram de um tanto, que dava pra aguar do hospital até a Lagoa da Pampulha. Acho que o atendimento do quarto da porta fechada, foi bom para os doutores. Depois do caso resolvido, os dois conseguiram dormir , e agora é capaz até de chover!
n
Texto: Dra, Luba.
Foto: Carol Reis
#PraTodosVerem: Dra. Luba em frente a uma porta que mostra seu reflexo. Fim da descrição.