Ao abrir a porta de correr do CTI, escutamos falarem para nossa paciente: “olha quem está aqui!”. Entramos pisando no chão, devagarinho, e vestimos nossos jalecos brancos de médicas por cima de nossas camisas de poás para atendê-la. Os procedimentos médicos sérios estavam sendo feitos pelas enfermeiras e auxiliares. Sabemos que por mais que queiramos, como besterologistas, às vezes, nosso trabalho não é o que o paciente precisa naquele momento.
Neste dia, pedimos licença e perguntamos para as auxiliares, nossas chefes, se podíamos participar da equipe médica da nossa paciente naquele exato momento presente. Nós explicamos que faríamos a ultrassonografia, utilizando nosso violão e maraca. Elas concordaram que tal procedimento seria uma boa pedida e cada uma de nós presentes ali, faríamos o que tínhamos que fazer. Assim, ficamos ao lado da mãe da paciente, que também concordou com o nosso exame. Firmes na nossa função, cantamos para a pequena menina uma música para embalar seu coração.
Dr. Rosa