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Só de imaginar, ele ri
Hoje foi mais um dia de trabalho. Ao realizar visitas semanalmente, acabamos amigos de alguns de nossos pacientes. Não sei porque isso acontece, o proceder dos fatos ao certo. Sei que é de repente, sem mais nem menos, conforme o acaso do afeto, do tropeço da palhaça e da portada na cara ao sair do quarto, está pronto o caso: mais um amizade nasce.nDepois disso, a despedida fica difícil. Principalmente, quando esse amigo não vai embora para a casa e não temos um momento para que a despedida aconteça de fato. Talvez, seja melhor assim. Talvez, seja melhor não nos…
Até mais!
Nós o acompanhamos durante toda sua internação. Era um longo trajeto até chegar ao seu leito. Oncologia: um corredor enorme com 13 portas laranjas, 22 crianças, 7 enfermeiras, 22 mães, 1 guarda, 77 residentes, 103 médicos e 6 dentistas. Vira a esquerda, pega a direita, desce a escada, desce escada, desce escada, desce escada, esquerda, direita. “Oi mãe!”. Mais médico, residente, dentista, guarda, porteiro, lavagem de mãos. Ufa, bora lá? 1,2,3! “Alecrim, alecrim dourado que nasceu no campo sem ser semeado”. E lá estava ele, um “tico-tico” de olhos com formato de amêndoas, castanhos, cílios enormes que mais pareciam duas…
RÁ-TIM-BUM HAHAHA
Há sete anos nascia o desejo de levar aos hospitais saúde através do riso. E quem faria a entrega? Bom, dizem que palhaço traz sorte! Pronto, agora tem palhaço/médico besterologista na área. Pode isso? Ainda com a pergunta na cuca, a resposta veio a galope: “a criança hospitalizada, normalmente, sente-se desamparada e triste, em sua condição diferente das outras crianças, que não necessitam frequentar hospitais. A presença dos palhaços no hospital traz cenas alegres e sorrisos aos que os assistem e participam. Pacientes, familiares e profissionais podem se permitir se envolvendo no clima humanizado, e eu diria, até familiar, enquanto…
Metamorfose
n A lagarta nasce lagarta, cresce lagarta, vive como lagarta e depois de muito experimentar os pés no chão, a terra fofa, a temperatura e o contato com o solo, decide se fechar em si mesma e vira um casulo. Tempos depois, ela transformada por tudo que viveu e aprendeu, renasce como uma borboleta e ganha os céus, para experimentar a vida por outro ponto de vista. Em outro lugar, longe do chão. Eu, Doutora Brisa, nasci palhaça, cresci médica, vivi como integrante do Instituto Hahaha, experimentei belos encontros, construções diárias de afeto e respeito com profunda gratidão por tudo…
